O Lean Six Sigma aplicado ao transporte de cargas e à logística de transportes pode trazer grandes benefícios à operação. Ainda mais, quando a metodologia é aliada a sistemas e à tecnologia.
Veja, neste artigo, como esse modo de trabalho pode ser acelerado na sua empresa.
O Lean e o Six Sigma
Se a quarta revolução industrial está repleta de automatizações e inteligência artificial de tudo que é forma, a terceira revolução teve o surgimento de inúmeros métodos científicos e estatísticos para a sua gestão em geral. São inúmeras ideologias, como centenas de métodos e milhares de ferramentas que explodiram tanto no campo acadêmico, bem como no campo empírico, ou seja, no dia-a-dia das empresas.
Aos antigos e atuais universitários: quem nunca teve uma aula de produção puxada? Quem nunca ouviu falar no termo “toyotismo”? Just-in-Time? Aliás, quem nunca trabalhou já não ouviu que deveria ser mais organizado e aplicar um “5S” (como se fosse fácil assim…) no dia-a-dia? Toda essa conjuntura acompanha quem trabalha no mercado industrial e serviços adjacentes, não tem jeito.
Quando pensamos nessas metodologias, duas saltam aos olhos e até ganharam uma fusão mega conhecida: o Lean (surgido na Toyota em um Japão arrasado após a Segunda Guerra Mundial) na forma da famosa Produção Enxuta e o Six Sigma, que é o modelo de alto nível de controle estatístico do processo e melhoria contínua da Motorola, que teve um boom operacional e comercial nos anos 90 e 2000.
Talvez você conheça os famosos cursos que várias instituições aplicam essa metodologia: os “Belts”! White Belt, Yellow Belt, Green Belt, Black Belt… Que, como nas artes marciais (faixa branca até faixa preta), categorizam a titulação e nível em que o estudante se encontra no conhecimento do Lean Six Sigma. Estes cursos ficaram famosos no âmbito acadêmico, mas principalmente no extensivo: há diversos sites e plataformas que possuem esses cursos de vários jeitos, inclusive aplicados a setores específicos.
Afinal, o que é Lean Six Sigma?
De um lado, o Lean trouxe a visão sistêmica enxuta, de uma forma mais qualitativa do processo (ainda que use estatística e métodos quantitativos) aplicada em inúmeras ferramentas que são consideradas seu pilar como: o Kanban (sistema de organização e sinalização de demanda), Just-In-Time (aceno da produção e reposição apenas ao necessário para atendimento de demanda), Kaizen (sistema metódico de melhoria contínua), 5S (método complexo de organização física do processo) e entre outras inúmeras ferramentas. O Lean se estabelece numa série de implicações e ferramentas feita por muito tempo e isso é importante: a Toyota demorou décadas para colher estes resultados de forma financeira. Mas quando veio (principalmente nos anos 90), veio com um crescimento incrível, tornando-a uma das principais montadoras do mundo.
Do outro lado, temos o Six Sigma, que trouxe o controle total de estatística do processo bem como o DMAIC, que é um método organizado de 5 passos para um projeto de melhoria contínua que se estabelece com: Define (definir a situação problema), Measure (mensurar os dados da operação do vigente problema), Analyse (analisar os dados mensurados de forma qualitativa e quantitativa), Improve (criar ações de melhorias em cima das análises e aplicá-las) e Control (controlar com kpi’s o processo). Nesse meio campo, muita ferramenta de análise estatística como quadros de causa-efeito, diagrama de pareto, histogramas, box-plots e por aí vai… Tudo isso para chegar ao Six Sigma, que é o sexto nível em questão de relação operação e erro, que equivale a 3 erros por 1 milhão de processos (nível que pouquíssimas empresas chegam). E poucas empresas conseguem replicar isso neste nível tão alto, pois requer conhecedores do processo Six Sigma a fundo, bem como na insistência da aplicação da melhoria contínua.
Aliar uma poderosa ferramenta quantitativa de melhoria contínua como o Six Sigma junto a visão sábia e qualitativa do Lean virou sucesso no meio acadêmico e empresarial, pois os resultados são de uma operação enxuta, de baixo nível e melhoria contínua. As metodologias têm uma sinergia grande, pois se complementam na solução de problemas e também na implementação de ações corretoras.
O Lean Six Sigma aplicado à logística e ao transporte
Muito das concepções já nasceram com o transporte: o Kanban tem cálculo para quantidade de cartões que vão ser utilizadas na produção e no transporte (interno e externo). Há cases de grandes transportadoras e operadores logísticos utilizaram consultorias Lean Six Sigma para consolidação de grandes projetos de melhoria contínua. E é importante levar isso sempre em mente na utilização de ferramentas de qualquer tipo: métodos, ferramentas e sistemas como o Fretefy servem para o utilizador delas e não o utilizador deve ser preso à elas.
O importante é a aplicação na solução de problemas e exageros de uma operação de transportes em geral. O uso de metodologias aliadas a sistemas como o Fretefy de forma contínua garante que esses erros sejam dissipados com o tempo e que cada vez menos erros venham a acontecer. Uma aplicação correta das metodologias juntamente com a rotina de Consolidador de Cargas do Fretefy pode, por exemplo, ajudar a evitar erros constantes de avarias na hora da montagem da carga, fazendo as mensurações e análises corretas de como os operadores vem fazendo uma montagem de carga, aproveitando o máximo possível de cada caminhão e ordenando melhor suas rotas de entrega.
Mais do que falar, vamos a exemplos práticos de como ferramentas como essa são extremamente válidas e se aplicadas de forma inteligente:
- Formar Analistas de Melhoria Contínua
Independente do setor, análises bem construídas são bem-vindas para antecipar e tomar decisões mais assertivas como este dashboard automático dentro do Fretefy. Sendo na expedição da indústria ou no setor comercial de uma transportadora. Existem cursos de graça de Lean Six Sigma, principalmente no nível White Belt, que trarão um olhar mais crítico e pequenos projetos de melhoria no dia-a-dia da operação.
- Aplicação do DMAIC no dia-a-dia
Definir a situação de problema como: lenta programação de cargas com seus transportadores devido ao trabalho manual elevam custos na operação e geram inúmeros riscos, alguns inclusive não detectados facilmente. Conheça plataformas como o Oferecimento da Fretefy que torna este trabalho automático conforme as regras do embarcador definidas no BID. Ferramentas como esta que vão mensurar o tempo que se gasta com isso, analisar esses dados e fazer as correções necessárias podem ajudar e muito no dia-a-dia a ter resultados incríveis, além de um belo retorno financeiro.
- O Método Japônes aplicado
Não é impossível aplicar metodologias simplificadas do Lean no dia-a-dia. Uma exemplificação: o Kanban pode ser utilizado como o sistema de organização das fases do transporte, desde sua expedição até a finalização de todas as entregas; Inclusive, no Fretefy é feito exatamente dessa forma: após formação e alocação da carga, a carga é controlada em nosso sistema por um Painel Kanban onde as fases (contratação, andamento da carga, finalização e etc) são passadas automaticamente conforme ocorrência dada pelos motoristas da operação via aplicativo mobile.
- E as ferramentas não acabam...
Outra ferramenta importantíssima no Toyotismo é o Heijunka, que é basicamente o nivelamento da operação. Ter a oferta correta para suprir a demanda, sem faltar e sem excessos é importantíssimo. Nivelar a operação de autônomos, estudando a demanda de períodos anteriores, para que não falte ou sobre motoristas na operação é incrível. A Freterfy conecta-se à sistemas de mercado de conexão de autônomos e cargas para centralizar em único sistema tudo o que precisa para contratar autônomos, publicar cargas e gerenciar as negociações.
- CEP - Controle Estatístico do Processo
Obviamente nem sempre é possível utilizar ferramentas estatísticas avançadas que demandam conhecimento e tempo para serem aplicadas. Porém, utilizações simplificadas no dia-a-dia valem muito a pena. Baixar relatórios do seu ERP e TMS e criar no próprio Excel um dashboard desses indicadores de forma manual já é um bom início. E se automatizar esse dashboard de KPI’s então é maravilhoso! Conheça o nosso caso e veja como é nosso dashboard clicando aqui.
São dicas curtas de como fazer, pois cada ferramenta aplicada à diversas situações do transporte no dia-a-dia mereceriam artigos e muitas horas de discussão, a utilização de uma ferramenta pode ser feita de diversos modos e em diversos níveis de condução diferentes.