O setor de transporte de alimentos no Brasil possui alta demanda, já que o país é um grande produtor de insumos alimentícios, voltados para o comércio nacional e internacional.
Por essa razão, o deslocamento desses produtos requer uma estrutura logística especial, que esteja de acordo com as exigências desse tipo de carga.
Afinal, fatores como o prazo de validade, temperatura, umidade no ambiente e outros afetam a qualidade do transporte.
Portanto, é essencial prestar atenção nas estratégias para elevar a performance e rendimento da operação.
Continue acompanhando o conteúdo a seguir e aprenda mais sobre o assunto!
Como é feito o transporte de alimentos no Brasil?
Para entender como esse transporte é realizado, é interessante abordarmos as características geográficas do país.
O Brasil é conhecido mundialmente por suas dimensões continentais. Nesse aspecto, é necessário uma logística bem estruturada para atender as diversas regiões no território nacional.
Com base nessas informações, valem as perguntas: Quem transporta os alimentos até o consumidor? Como deve ser feito o transporte de alimentos?
Em uma produção agrícola, por exemplo, é necessário levar os insumos do campo para os centros urbanos. Nessa cadeia de produção, participam os produtores, distribuidores, empresários e outros profissionais, responsáveis por uma parte da operação.
Também há a categoria de cargas que precisam ser transportadas em baixas temperaturas, com prazo super curto, devido ao risco de deterioração.
Desse modo, as empresas de fretes precisam adaptar suas estratégias para atender às diferentes demandas, com o máximo de eficiência.
Legislação e Normas no Transporte de Alimentos: como funciona?
Caso você resolva entrar no segmento de transporte alimentício, é importante saber o que a legislação diz sobre esse tipo de atividade.
A Portaria 326, referente à Secretaria de Vigilância Sanitária, foi publicada em 1997 e apresenta informações altamente relevantes para o setor.
Seus escritos afirmam que todos os veículos de transporte de alimentos devem estar adequados para sua finalidade. Além disso, também precisam adotar práticas de limpeza que ajudem na conservação e desinfecção.
Outra determinação importante é a Resolução 275 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Ela ressalta orientações indispensáveis para a operação:
- insumos devem ser conservados na temperatura indicada no rótulo;
- os veículos usados no transporte devem ser limpos e cobertos para proteger a carga;
- o ambiente não pode ser favorável à proliferação de pragas e vetores de doenças, nem deve existir qualquer evidência de sua presença;
- os veículos não podem transportar outros materiais que possam contaminar os insumos;
- é obrigatório a implementação de um controle de temperatura, para os casos nos quais o alimento precisa de condições especiais de conservação.
Quais as categorias do transporte de alimentos?
De modo geral, a legislação classifica as cargas de alimentos em duas categorias: perecíveis e não perecíveis.
Conforme o nome evidencia, os alimentos não perecíveis são aqueles que apresentam menor risco de deterioração. Trata-se de produtos secos e industrializados, como arroz, feijão, açúcar, macarrão e outros.
Nesse aspecto, quais as regras gerais de transporte quando se trata de alimentos perecíveis? Esses alimentos são aqueles mais suscetíveis à deterioração.
Pertencem a diferentes grupos de produtos; desde frutas e legumes, até insumos que precisam ser refrigerados como as carnes e embutidos. A lista completa deve conter:
- carnes, aves e peixes;
- frutos do mar;
- ovos e seus subprodutos — maionese;
- alimentos congelados;
- leite e derivados;
- frutas e legumes.
Qual a importância do planejamento estratégico para a logística de alimentos?
A logística é indispensável no setor alimentício, apesar de se mostrar desafiadora. Como dissemos inicialmente, é graças a ela que os insumos saem dos fabricantes e chegam aos consumidores com alta qualidade.
Portanto, as empresas do ramo devem se concentrar em gerir todas as etapas logísticas, a fim de prevenir perdas e prejuízos que arriscam a satisfação do cliente, o posicionamento da organização e os resultados.
Nesse processo, os gestores devem prestar atenção às resoluções determinadas pelos órgãos reguladores, como as Boas Práticas de Transporte e Armazenagem da ANVISA e o Código de Defesa do Consumidor.
Com base nesses aspectos, só é possível alcançar a eficiência por meio de um planejamento estratégico rigoroso.