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Os maiores gargalos logísticos do Brasil e as soluções dos profissionais

Os maiores gargalos logísticos do Brasil e as soluções dos profissionais

Brasil, um país continental e rodoviário, você já sabe que o Brasil é um país extenso e com uma das maiores malhas rodoviárias do mundo? Sim, e com isso podemos identificar também enormes gargalos logísticos presentes por toda essa extensão, onde são 1.7 milhão km em rodovias e a quarta maior malha rodoviária do mundo.

No ranking das rodovias o Brasil fica atrás somente de:

1) Estados Unidos: 6,5 milhões km
2) China: 4,2 milhões km
3) Índia: 4,1 milhões km
4) Brasil: 1,7 milhão km

E o Brasil também fica na frente de outros países mais industrializados:

5) Rússia: 1,28 milhão km
6) Japão: 1,21 milhão km
7) Canadá: 1,04 milhão km
8) França: 1,02 milhão km
9) Austrália: 823 mil km
10) Espanha: 683 mil km

Mas como é a infraestrutura da malha rodoviária brasileira?

rodovias do Brasil

Apenas 12,4% da malha rodoviária brasileira é pavimentada, ou seja, a infraestrutura varia drasticamente entre as regiões do país. Vejamos agora alguns dos principais problemas da malha rodoviária do Brasil:

3 problemas da falta de infraestrutura rodoviária

#1 Avarias mais frequentes

A infraestrutura precarizada das estradas brasileiras aumenta o risco de avarias às cargas.
Medir a quantidade de avarias é um dos principais indicadores de desempenho da logística, pois cargas que sofrem avarias geralmente requerem conserto – ou pior, não podem mais ser comercializadas.

#2 Manutenção intensiva

Outro problema causado pela infraestrutura defasada é a manutenção recorrente na frota de caminhões. Especialmente em estradas de terra, a falta de uma superfície lisa e com aderência adequada desgasta os pneus e a suspensão rapidamente. Isso significa uma reposição mais frequente que o ideal e assim, maiores custos logísticos para o transportador.

#3 Emissão de poluentes

Veículos desperdiçam 5% a mais de diesel que o normal em vias com infraestrutura inadequada. Logo, a emissão de gases poluentes contribuindo para o efeito estufa também é maior. Em 2018, esse 5% de desperdício causou a emissão de CO2 um total de 876 milhões de litros de diesel. Para limpar a poluição do diesel desperdiçado só em 2018, seria necessário plantar 14,2 milhões de árvores, isso demora cerca de 20 anos.

Como medir o meu índice de avarias?

logístico calculando o índice de avarias

1) Calcule o valor médio de cada unidade da carga. Vamos imaginar por exemplo um frete na qual cada caixa vale R$ 100.

2) Agora, multiplique esse valor pelo número de cargas danificadas. Imagine que foram 5.

3) R$ 100 x 5 = R$ 500 de prejuízo com avarias.

4) É possível medir por veículo ou por mês para esse indicador. No caso da medição por mês basta multiplicar o valor (R$ 100) com o total de cargas danificadas no período de um mês.

5) Imagine que foram 50 caixas danificadas em abril. R$ 100 x 50 = R$ 5000 de prejuízo

O que os profissionais logísticos pensam?

Qual é o maior gargalo logístico do Brasil? A dependência no modal rodoviário para escoamento de produção, reflexo da nossa matriz histórica de distribuição e da falta de investimento em infraestrutura na velocidade em que necessitamos. As despesas com transporte transitam entre as maiores despesas das empresas e interferem diretamente na competitividade dos nossos produtos.

Qual seria a solução? Temos o Programa Nacional de Logística e Transportes (PNLT – Governo Federal) desde 2006 para estruturar um planejamento estratégico, dar suporte e firmar compromisso dos Estados com a solução desse gargalo através de investimentos em infraestrutura. Isso busca reduzir os custos do transporte rodoviário, aumentando a participação dos modais ferroviário e aquaviário que são mais baratos na nossa matriz de transportes, com um prazo até 2023.

Sabemos o problema, temos a proposta de solução, mas, falando como país, ainda nos falta a velocidade nas ações. Enquanto isso, nosso desafio como gestor de logística é estruturar e implementar estratégias de distribuição visando garantir o nível de serviço para nossos clientes mantendo uma despesa “saudável” para a empresa no final do mês.  

Anderson Augusto - Gerente de logística do Grupo Foxlux

Indústria de materiais elétricos e ferramentas manuais – Pinhais (Paraná)

Qual é o maior gargalo logístico do Brasil? Joel fala de um gargalo que enfrenta pessoalmente na empresa, em vez de um gargalo a nível nacional. O maior gargalo dele é de informação: os endereços para a entrega das cargas costumam estar incorretos, isso gera um prejuízo econômico e temporal, pois a entrega é realizada, mas o erro só é percebido quando o produto chega na porta e descobre-se que o cliente não mora ali.

Com isso, as entregas costumam atrasar de 10 – 15 dias, pois é necessário que a carga retorne para o centro de distribuição da TIM S/A, averiguar o endereço correto e depois reenviar o produto. Joel embarca 25 mil cargas de celular todo mês nas regiões sul e sudeste.

Qual seria a solução? Joel acredita que na hora de realizar a venda, deve ter um “checklist” para garantir que o endereço do cliente está correto. Assim, evita-se que a carga seja entregue no endereço errado e economiza-se tempo e dinheiro.

Joel Kulik - Gerente de logística da TIM S/A

Indústria de telecomunicações – Curitiba (Paraná)

Qual é o maior gargalo logístico do Brasil? Acredito que o escoamento de cargas e transporte, pois ainda hoje sofremos com isso. Basta lembrar o sofrimento que foi a greve dos caminhoneiros ano passado. É um dos principais gargalos aqui na empresa e acredito que em muitas outras.

Você poderia falar mais detalhes de por que considera o “escoamento de cargas e transporte” o maior gargalo? No meu segmento de trabalho dependemos muito dos financiamentos do BNDES para nossos clientes, em alguns casos pela burocracia na demora da liberação ficamos com nosso estoque cheio. Outro aspecto é que alguns clientes dependem de transportadores específicos, que muitas por falta de veículo adequado geram demora na entrega.

Nossa malha rodoviária também não ajuda, como atendemos todo o Brasil e as estradas estão caóticas, ainda há lugares onde é praticamente impossível realizar uma entrega com qualidade.

Qual seria a solução? Eliminar um pouco a burocracia do BNDES que envolve a liberação para pequenos e médios produtores. A dependência dos transportes específicos é mais pela fragilidade de locomoção pelos diversos lugares do país, como por exemplo, a ilha de Marajó no Pará. Existem também locais no interior onde não há pavimentação e são necessários veículos especiais, mais largos e tecnológicos para realizar a entrega das cargas.

Anderson Lourenço - Responsável pela expedição logística na Munters

Indústria de soluções para tratamento do ar e controle de poluição – Curitiba (Paraná)

Qual é o maior gargalo logístico do Brasil?

Diego comenta de um gargalo que a BRF sofre: falta de manutenção regular em algumas rodovias do país.

Embora a BRF trace cuidadosamente a rota dos caminhões que circulam à serviço da companhia, a falta de manutenção regular em algumas vias pode dificultar o trânsito dos veículos, que transportam diariamente produtos das marcas Sadia, Perdigão e Qualy aos supermercados, restaurantes e principais portos do país.

Diego gerencia 280 veículos por dia na região sul.

Qual seria a solução? Recentemente, a BRF anunciou a adoção de uma nova tecnologia para prevenir acidentes no transporte de cargas.  A instalação da telemetria já começou e, até o final deste ano, deve abranger 100% da frota, reduzindo o número de acidentes no transporte de cargas.

Além de possibilitar o acompanhamento, em tempo real, dos principais comportamentos de risco na condução dos veículos, o sistema vai auxiliar no gerenciamento das informações e permitir maior agilidade na tomada de decisões relacionadas à rotina do condutor, funcionamento e eficiência dos veículos.

Com isso, serão gerados relatórios pelo novo sistema, e a BRF em parceria com os transportadores conseguirão mapear, por exemplo, áreas com alto fluxo de pedestres, indicativos de redução de velocidade e até mesmo adaptação do roteiro para uma região que não ofereça risco.

Diego Penteado - Gerente de logística da BRF

Indústria de alimentos – Sede Curitiba (Paraná)

estradas danificadas

Qual é o maior gargalo logístico do Brasil? Na minha opinião um dos principais gargalos da logística no Brasil é a falta de infraestrutura acompanhada da falta de visão e planejamento requeridos neste tema. Quando pensamos no crescimento de um país necessariamente precisamos listar os requisitos que teremos que atender para que tal objetivo seja alcançado.

Qual seria a solução? Em todas as oportunidades em que nossos políticos falam no crescimento não são apresentadas estas necessidades. Sabemos que investir em infraestrutura de uma rodovia, ferrovia e aeroporto requer um determinado tempo e são projetos de médio prazo. Infelizmente no Brasil, não há uma ação deixada de um governo para o próximo.

Francisco Morales - Professor de logística

Professor na ESIC Business & Marketing School, Universidade Positivo e Uninter – Curitiba (Paraná)

Qual é o maior gargalo logístico do Brasil? A logística como um todo tem vários pilares, mas hoje o transporte de cargas é o setor da logística que apresenta mais dificuldades. Não só pela infraestrutura das nossas estradas, mas também a dificuldade de obter equipamentos no mercado.

Temos uma frota muito defasada no país e isso inclui outras dificuldades: entraves na logística de suprimentos, empresarial e na cadeia de suprimentos.

Todas as empresas que precisam fazer logística de transporte enfrentam essas dificuldades.

Qual seria a solução? Adriano aposta na tecnologia para resolver gargalos logísticos. Ele acredita que é necessário também o investimento governamental em novos modais como o aquaviário, para reduzir a dependência das rodovias.

Se a infraestrutura rodoviária é um gargalo, a cabotagem seria a solução? É o que acredita o especialista em logística Adriano Cruz da Fretefy. A cabotagem é a navegação feita perto da costa entre portos marítimos para entrega de cargas. No Brasil por exemplo, é possível realizar a cabotagem desde a região sul até o Nordeste com “pausas” para entrega entre os portos. Isso reduz drasticamente os custos logísticos.


Adriano Guardiano - Especialista em Logística da Fretefy

Confira no vídeo!

Resumo dos gargalos logísticos:  

Os depoimentos dos entrevistados mostram dores diferentes. Mas confira abaixo uma lista dos gargalos apontados:

Infraestrutura e equipamentos

  • Dependência no modal rodoviário
  • Através no escoamento de cargas
  • Dificuldade de obter equipamentos específicos
  • Falta de infraestrutura nas rodovias
  • Falta de manutenção nas rodovias

Investimento

  • Burocracia do BNDES para obter financiamentos
  • Falta de investimento governamental na área logística

Operacional

  • Informações incorretas sobre os clientes

Resumo das soluções

Veja essa lista rápida com as soluções dos profissionais logísticos:

  • Reduzir o custo do transporte rodoviário e investir no aquaviário e rodoviário por meio do Programa Nacional de Logística e Transportes e outros recursos governamentais
  • Eliminar a burocracia para obter financiamentos do BNDES
  • Usar um “checklist” para conferir informações antes da entrega
  • Investimento em tecnologia logística

Última atualização:

22

de

May

de

2023

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